Moinhos seculares de Afife em degradação
A Associação de Protecção e Conservação do Ambiente – APCA, vem por este meio alertar para o estado de profunda degradação em que se encontram os moinhos de Afife, elementos ímpares da arqueologia industrial da região, com reconhecido valor nacional e além fronteiras. Trata-se dum conjunto extraordinário de moinhos, azenhas e engenhos de serrar madeira, que na bacia hidrográfica do rio de Afife ou de Cabanas e seus afluentes, durante séculos, animaram a economia local e regional, associada a uma verdadeira agricultura biológica e aos ciclos do pão e do linho, assente nos fertilizantes naturais sargaço e mato (estrume). Salienta-se que estes valores patrimoniais inseriam-se numa cadeia agrícola fascinante, porventura única, a que aparece associada uma prática agrícola biológica, secular, transmitida de geração em geração e curiosamente base de um verdadeiro desenvolvimento sustentável, com que muito temos a apreender nesta era tecnológica. É pois neste contexto e quando tantos falam de património, desenvolvimento sustentável e agricultura biológica, que é lamentável constatar-se a atitude de desleixo de quem tem a obrigação de proteger, estimular e incentivar a salvaguarda destes bens patrimoniais ímpares.
O aproveitamento secular da energia motriz do rio de Afife, verdadeiro motor da economia local, desde pelo menos o século XVI, teve o seu apogeu na década de cinquenta, do século passado, com o funcionamento de montante para jusante, de três azenhas copeiras, cinco engenhos de serrar madeira, vinte e oito moinhos de rodízio e, ainda, as ruínas do moinho Velho do Fial e de umas paredes em granito, em pleno sistema dunar, atribuídas também a um antigo moinho. Salienta-se que alguns destes moinhos, serão porventura dos mais antigos do país, dado encontrarem-se descritos numa relação de bens do Mosteiro de S. João de Cabanas do inicio do século XVI. Aliás, recentemente, reputados investigadores, através de outras fontes documentais, salientam, também, a antiguidade de alguns dos moinhos de Afife, aludindo, em concreto, aos moinhos situados no lugar do Loureiro, cobertos de vegetação infestante.
Relembra-se que no inicio da década de oitenta, do século passado, o Vereador da Cultura de então, Dr. Carlos Baptista e, posteriormente, o Inspector Maurício de Sousa deram corpo a um trabalho de recuperação de alguns destes moinhos, em articulação, com o Ministério da Cultura e uma associação local, todavia esse esforço louvável perdeu-se, face a novas orientações políticas municipais. Constata-se, infelizmente, e apesar dos alertas constantes desta associação, entre outras intervenções, que o desleixo, nos últimos 16 anos, a que este conjunto patrimonial ímpar da arqueologia industrial minhota foi votado, por incúria ou outros motivos, conduziram ao estado calamitoso em que se encontram estes bens patrimoniais.
A Associação de Protecção e Conservação do Ambiente – APCA, vem por este meio alertar para o estado de profunda degradação em que se encontram os moinhos de Afife, elementos ímpares da arqueologia industrial da região, com reconhecido valor nacional e além fronteiras. Trata-se dum conjunto extraordinário de moinhos, azenhas e engenhos de serrar madeira, que na bacia hidrográfica do rio de Afife ou de Cabanas e seus afluentes, durante séculos, animaram a economia local e regional, associada a uma verdadeira agricultura biológica e aos ciclos do pão e do linho, assente nos fertilizantes naturais sargaço e mato (estrume). Salienta-se que estes valores patrimoniais inseriam-se numa cadeia agrícola fascinante, porventura única, a que aparece associada uma prática agrícola biológica, secular, transmitida de geração em geração e curiosamente base de um verdadeiro desenvolvimento sustentável, com que muito temos a apreender nesta era tecnológica. É pois neste contexto e quando tantos falam de património, desenvolvimento sustentável e agricultura biológica, que é lamentável constatar-se a atitude de desleixo de quem tem a obrigação de proteger, estimular e incentivar a salvaguarda destes bens patrimoniais ímpares.
O aproveitamento secular da energia motriz do rio de Afife, verdadeiro motor da economia local, desde pelo menos o século XVI, teve o seu apogeu na década de cinquenta, do século passado, com o funcionamento de montante para jusante, de três azenhas copeiras, cinco engenhos de serrar madeira, vinte e oito moinhos de rodízio e, ainda, as ruínas do moinho Velho do Fial e de umas paredes em granito, em pleno sistema dunar, atribuídas também a um antigo moinho. Salienta-se que alguns destes moinhos, serão porventura dos mais antigos do país, dado encontrarem-se descritos numa relação de bens do Mosteiro de S. João de Cabanas do inicio do século XVI. Aliás, recentemente, reputados investigadores, através de outras fontes documentais, salientam, também, a antiguidade de alguns dos moinhos de Afife, aludindo, em concreto, aos moinhos situados no lugar do Loureiro, cobertos de vegetação infestante.
Relembra-se que no inicio da década de oitenta, do século passado, o Vereador da Cultura de então, Dr. Carlos Baptista e, posteriormente, o Inspector Maurício de Sousa deram corpo a um trabalho de recuperação de alguns destes moinhos, em articulação, com o Ministério da Cultura e uma associação local, todavia esse esforço louvável perdeu-se, face a novas orientações políticas municipais. Constata-se, infelizmente, e apesar dos alertas constantes desta associação, entre outras intervenções, que o desleixo, nos últimos 16 anos, a que este conjunto patrimonial ímpar da arqueologia industrial minhota foi votado, por incúria ou outros motivos, conduziram ao estado calamitoso em que se encontram estes bens patrimoniais.
Afife, 14 de Julho de 2010
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