GOLFINHO E TARTARUGA ARROJADOS EM AFIFE E CARREÇO
A Associação de Protecção e Conservação do Ambiente - APCA, graças aos colaboradores Dimas e José Silva registou, na última semana, o arrojamento de um golfinho em Afife e de uma tartaruga em Carreço, nas cercanias das praias principais destas freguesias. As duas ocorrências inserem-se no período de maior agitação marítima que assolou a orla costeira minhota, salientando-se os arrojamentos de cetáceos (baleias), em Esposende.
O golfinho pertencente, à família Delphinidae, espécie Delphinus delphis, vulgarmente designados por golfinho comum, era um macho muito jovem com cerca de1,0 m de comprimento, exibindo cortes na zona lombar. O estado de decomposição deste cetáceo indicia que terá morrido entre uma a duas semanas atrás, tendo sido arrojado pela forte ondulação que assolou o litoral vianense nas últimas semanas. Assinala-se com muita satisfação a diminuição dos arrojamentos nos últimos anos, não obstante o número de cetáceos arrojados mortos no Alto Minho, nos últimos 25 anos, isto é, entre os rios Minho e Neiva, está próximo das três centenas.
O Delphinus delphis é uma espécie muito sociável e ocorre em grupos, podendo reunir entre 10 e 500 indivíduos, embora no Minho os indivíduos de um grupo, raramente, ultrapassem os 20 exemplares. Emitem vocalizações diversas e intensas que podem mesmo ser ouvidas fora de água, durando os respectivos mergulhos entre 2 a 8 minutos, sendo igualmente conhecidos pela rapidez dentro de água e comportamento exuberante, executando com frequência saltos acrobáticos, chapões na água e numerosas brincadeiras com as barbatanas. No espaço marítimo do noroeste ibérico, encontra-se, essencialmente, em mar aberto com mais de 180 m de profundidade, isto é, a menos de 10 Km da costa, podendo, esporadicamente, penetrar em estuários, rias e baías abrigadas, tal como aconteceu recentemente no estuário do rio Lima. Sublinha-se que o Anexo B-IV do Decreto – Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, refere o golfinho Delphinus delphis como uma espécie animal de interesse comunitário que exige uma protecção rigorosa, por outro lado, a captura voluntária de cetáceos ou a comercialização de partes do corpo destes mamíferos marinhos constitui crime, severamente punido pela legislação portuguesa e internacional.
Na manhã do último domingo, foi arrojada uma tartaruga cerca de 200 ma norte da praia de Carreço, nas proximidades das gravuras rupestres de Fornelos, ou seja, no início do renovado trilho da Gândara de Carreço. Tratava-se de um macho adulto, com uma carapaça com cerca de 1,62 mde comprimento, da espécie Dermochlys coriácea (tartaruga couro), a maior das tartarugas marinhas, podendo a carapaça atingir150 a170 cm de comprimento e um peso de500 kg. A carapaça é única na medida em que, em vez de placas duras, é coberta por uma camada contínua de pele fina e possui uma série de sulcos longitudinais, 7 na região dorsal e 5 na face ventral. Outras características distintivas desta espécie são a ausência de unhas, as grandes barbatanas, com cerca de1 m nos adultos, e o reduzido esqueleto, já que muitos ossos presentes na carapaça das outras tartarugas estão ausentes nesta espécie. Nesta espécie protegida a cabeça dos adultos é pequena em relação ao comprimento da carapaça (17 a 22.3 %), sendo redonda e desprovida de placas. O bico, apesar de frágil, tem as extremidades aguçadas e a mandíbula superior apresenta a forma de “W” quando vista de frente. Os adultos possuem uma coloração negra, possuindo muitas vezes manchas brancas, distinguindo-se os machos das fêmeas, principalmente, pela cauda mais longa, por outro lado, as fêmeas, para além da cauda menor, possuem uma mancha cor-de-rosa no cimo da cabeça.
Conforme temos alertado e apesar da diminuição dos arrojamentos, nos últimos anos, o que se regista com muito agrado, considera-se premente a definição por parte dos governos de Portugal e Espanha, em articulação com os pescadores locais dos dois países, de medidas adequadas de protecção dos mamíferos e répteis marinhos, no espaço marítimo do Norte de Portugal / Galiza, devendo participar neste processo o Eixo Atlântico e a CIM Alto Minho.
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